segunda-feira, 1 de março de 2010

EU TE PERDÔO - A PROMESSA DE DEUS NOS CRAVOS

Ele nunca deveria ter pedido que eu fizesse a lista. Eu hesitei em lhe mostrar. Este é um grande amigo, construtor habilidoso, que construiu uma ótima casa para nós. Mas a casa continha alguns enganos.
Até este fim de semana eu nunca os tinha visto. No entanto, até esta semana eu não havia morado na casa. Quando você passa a morar em uma casa, começa a notar cada falha.
- Faça uma lista delas – disse ele.
“É você que está pedindo”, pensei.
A porta do quarto não tranca. A janela da despensa está rachada. Alguém esqueceu de instalar os porta-toalhas...Como eu disse a casa é ótima, mas a lista começa a crescer.
Olhando para a lista de enganos do construtor, comecei a pensar em Deus fazendo uma lista sobre mim. Além do mais, não faz ELE morada em meu coração? Se eu vejo falhas em minha casa, imagine o que ELE vê em mim? Ah, será que ousamos imaginar a lista que ELE faria?
A maçaneta da porta da oração enferrujou pela falta de uso. O fogão chamado ciúme está aquecendo demais. O chão do sótão esta sobrecarregado por tantos arrependimentos. O porão abarrotado com tantos segredos. E se a persiana do seu coração fosse levantada e o pessimismo descoberto?
A lista de nossas fraquezas. Você gostaria que alguém visse as suas? Que as tornasse públicas? Como você se sentiria caso elas fossem tão expostas que todos, incluindo o próprio Jesus, pudessem vê-las?
Posso levá-lo a este momento? Sim, existe uma lista de suas falhas. Sim, Cristo tem todas as suas negligências registradas. E, sim, esta lista tem sido tornada pública. Mas você nunca a vê. Ne eu.
Vamos juntos ao monte Calvário, e direi porquê.
Assista aos soldados empurrarem o Carpinteiro no chão e esticarem seus braços contra as vigas. Um pressiona o joelho contra o antebraço e segura sua mão. Jesus volta seu olhar para o cravo no momento exato em que o soldado levanta o martelo para fincá-lo.
Jesus não poderia tê-lo detido? Com um flexionar de bíceps, ou apertando os punhos, ELE poderia ter resistido. Não foi esta mesma mão que acalmou o mar? Limpou o templo? Ressuscitou o morto?
Mas o pulso não se mexe... e o momento não é interrompido.
A batida soa, a carne rasga e o sangue começa a pingar, e então correr. E as questões afloram. Por quê? Por que Jesus não resistiu?
“Porque Ele nos amou”, respondemos. Isto é verdade, maravilhosa verdade, mas , perdoem-me, verdade parcial. Ele tinha mais motivos. Ele viu algo que o fez ficar ali. Enquanto o soldado pressionava seus braços, Jesus olhou para o lado, e, com seu queixo apoiado na madeira, viu:
Um Martelo? Sim
Um Cravo? Sim
As mãos do soldado? Sim
Porém ELE viu algo mais. Ele viu a mão de Deus. Parecia ser a mão de um homem. Dedos longos de um homem que trabalhava com madeira. Palmas das mãos de um carpinteiro. Pareciam comuns. No entanto, eram muito mais.
Estes dedos haviam formado Adão da argila.
Com uma onda, estas mãos derrubaram a torre de Babel e dividiram o Mar Vermelho.
Destas mãos vieram os gafanhotos que praguejaram o Egito e o corvo que alimentou Elias.
Não admira que o salmista tenha celebrado a liberdade, declarando: “Como expeliste as nações com a tua mão... e sim pela tua destra, e o seu braço, e a luz da tua face” (Sl 44.2-3)
A mão de Deus é poderosa.
Ah, as mãos de Jesus. Mãos da encarnação em seu nascimento. Mãos da liberação quando ELE curava. Mãos de inspiração quando ELE ensinava. Mãos de dedicação quando ELE servia. E mãos de salvação quando ELE morreu.
A multidão que assistia pensava que o propósito da marretada era pregar as mãos de Jesus no madeiro. Mas eles estavam apenas meio-certos. Não podemos culpá-los por ter perdido a outra metade. Eles não podiam vê-la. Mas Jesus podia. E os céus podiam vê-lo. E nós podemos. Através dos olhos das Escrituras vemos o que outros não vêem, mas Jesus viu: “HAVENDO RISCADO A CÉDULA QUE ERA CONTRA NÓS NAS SUAS ORDENANÇAS, A QUAL DE ALGUMA MANEIRA NOS ERA CONTRÁRIA, E ATIROU DO MEIO DE NÓS, CRAVANDO-A NA CRUZ” (Cl 2.14)
Entre suas mãos e a cruz havia uma lista. Uma longa lista. A lista de nossos enganos: luxúria e mentiras, momentos de cobiça e anos pródigos. A lista de nossos pecados.
Oscilando na cruz, há um catálogo especificando os nossos pecados. As más decisões do ano passado. As atitudes erradas da semana passada. Lá, em plena luz do dia para que todo o céu possa ver, há uma lista de nossos pecados.
Deus tem feito conosco o que estou fazendo com minha casa. Ele tem escrito uma lista de falhas. Entretanto, a lista que Deus tem feito não pode ser lida. As palavras não podem ser decifradas. Os enganos estão cobertos. Os pecados escondido. Os que estão no início da pagina são escondido pelas suas mãos; os mais abaixo da lista estão cobertos por seu sangue. Seus pecados são riscados (Cl 2.14).
É por isto que ELE se recusou a fechar os punhos. Ele conhecia a lista! O que o impedia de resistir? Esta garantia, esta tabulação de nossas falhas. Ele sabia que o preço de todos aqueles pecados era a morte. Ele sabia que a fonte de todos aqueles pecados era você, e, uma vez que ELE não poderia suportar a eternidade sem a sua companhia, ELE escolheu os cravos.
A mão que apertava o punho não era a de um soldado romano.
A força por trás do martelo não era a de uma multidão furiosa.
O veredicto por trás da morte não foi decidido por judeus invejosos.
O próprio Jesus escolheu os cravos.
Então as mãos de Jesus se abriram. Se o soldado tivesse hesitado, o próprio Jesus teria pego o malho. Ele sabia como; não era novidade para ELE lidar com cravos. Como carpinteiro ELE conhecia a profissão. E, como Salvador, ELE sabia o que isto significava. Ele sabia que o propósito dos cravos era esconder os nossos pecados, onde pudessem ser escondido por seu sacrifício e cobertos por seu sangue.
Assim sendo, o próprio Jesus bateu o martelo.
A mesma mão que abriu o mar rasga suas culpas.
A mesma mão que limpou o templo, limpa seu coração.
A mão é a mão de Deus.
O cravo é o cravo de Deus.
E as mãos de Jesus abertas para os cravos, as portas dos céus abertas para você.
Livro “ELE ESCOLHEU OS CRAVOS” – Max Lucado – capítulo 4

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