A Promessa de Deus através das duas cruzes.
Conheça Edwin Thomas, o mestre do palco. Durante a Segunda metade do século XIX, este pequeno homem com voz forte possuía alguns rivais. Estreando em Ricardo III aos quinze anos, ele rapidamente estabeleceu-se como o primeiro ator Shakesperiano. Em Nova York ele representou Hamlet durante cem noites consecutivas. Em Londres, ganhou a aprovação da dura critica britânica. Quando o assunto era tragédia no palco, Edwin Thomas fazia parte de um seleto grupo qualificado.Quando a tragédia passou para a vida real, o mesmo também pode ser dito. Edwim tinha dois irmãos, John e Junius, ambos atores, embora não chegassem à sua altura. Em 1863, os três irmãos uniram seus talentos para representar Júlio César. O fato de seu irmão John Ter representado o papel de Brutus seria um sinistro precursor do que aguardava os irmãos, e a nação, dois anos adiante. O John que representou o assassino em Júlio César foi o mesmo que fez o papel de assassino no teatro Ford. Em uma fria noite de abril em 1865, ele entrou silenciosamente pela parte de trás em um camarote e atirou contra a cabeça de Abraham Lincoln. Sim, o sobrenome dos irmãos era Booth, Edwin Thomas Booth e John Wilkes Booth. Edwin nunca mais foi o mesmo após aquela noite. A vergonha pelo crime de seu irmão fez com que ele se aposentasse. Ele nunca teria voltado ao palco, não fosse por um fato inusitado ocorrido em uma estação de trem em Nova Jersey. Edwin aguardava seu vagão quando um jovem bem vestido, imprensado pela multidão, desequilibrou-se e caiu entre a plataforma e o trem em movimento. Sem hesitar, Edwin colocou seu pé no trilho, agarrou o homem, e o puxou a salvo. Após os sinais de alívio, o jovem reconheceu o famoso Edwin Booth. Edwin não reconheceu a pessoa a quem havia resgatado. Tal reconhecimento só veio a acontecer algumas semanas mais tarde através de uma carta, que ele carregou em seu bolso até o dia de sua morte. Uma carta do General Adams Budeau, secretário chefe do General Ulisses S.Grant. Uma carta de agradecimento a Edwin Booth por ter salvo a vida do filho de um herói americano, Abraham Lincoln. Que ironia, enquanto um irmão assassinava o presidente, o outro salvava a vida do filho do presidente. O nome do rapaz que Edwin Booth salvou? Robert Todd Lincoln.
Edwin e James Booth. Mesmo pai, mãe, profissão e paixão, mesmo assim um escolhe a vida e o outro, a morte. Como pode ser? Não sei, mas acontece. Embora seja uma historia dramática, não é única.
Caim e Abel, ambos filhos de Adão. Abel escolhe Deus. Caim escolhe o crime. E Deus permite que isto aconteça.
Abraão e Ló, ambos peregrinos em Canaã. Abraão escolhe Deus. Ló escolhe Sodoma. E Deus permite que isto aconteça.
Davi e Saul, ambos reis de Israel. Davi escolhe Deus. Saul escolhe o poder. E Deus permite que isto aconteça.
Pedro e Judas, ambos negaram ao Senhor. Pedro busca misericórdia. Judas busca a morte. E Deus permite que isto aconteça.
A cada estágio da história, em cada página da Escritura, a verdade é revelada: Deus permite que façamos nossas próprias opções.
E ninguém delineia isto mais claro do que Jesus. De acordo com Ele, podemos escolher:
A porta larga ou a porta estreita (Mt 7.13-14)
O caminho espaçoso ou o caminho apertado (Mt 7.13-14)
A grande multidão ou a pequena multidão (Mt. 7.13-14)
Podemos também escolher:
Construir sobre a rocha ou a areia (Mt 7.24-27)
Servir a Deus ou às riquezas (Mt 6.24)
Somar com os bodes ou com as ovelhas (Mt 25.32-33)
“e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda” (Mt 25.46).
Deus oferece opções eternas, e estas escolhas possuem conseqüências eternas.
Isto não faz lembrar do trio do Calvário? Você já pensou por que havia duas cruzes próximas a Jesus? Por que não seis ou dez? Já pensou por que Jesus estava no centro? Por que não à direita ou à esquerda? Poderia ser porque as duas cruzes no monte simbolizam um dos maiores presentes de Deus? O presente da escolha.
Os dois criminosos tinham muito em comum. Condenados pelo mesmo sistema. Sentenciados à mesma morte. Rodeados pela mesma cruz. Igualmente próximos a Jesus. Na verdade, ambos iniciaram a conversa com o mesmo sarcasmo: “E o mesmo lhe lançara também em rosto os salteadores que com ele estavam crucificados” (Mt 27.44). Mas um mudou.
“E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Seu tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.39-43).
Muito tem sido dito sobre a oração do ladrão penitente, e isto certamente garante nossa admiração. Mas, enquanto nos regozijamos pelo ladrão arrependido, será que ousamos nos esquecer do que não se arrependeu? E quanto a ele, Jesus? Não teria sido apropriado um apelo? Quem sabe uma palavra de persuasão não teria sido eficaz? Não deixou o pastor suas noventa e nove ovelhas e foi em busca da que havia se perdido? A dona de sua casa não procura por todos os aposentos até que a moeda seja encontrada? O pastor sim, a dona de casa sim, mas o pai do filho pródigo, lembre-se, nada fez.
A ovelha perdeu-se por inocência.
A moeda foi perdida por irresponsabilidade.
Mas o pródigo saiu de casa intencionalmente.
O pai ofereceu-lhe o benefício da escolha. Jesus fez o mesmo com os ladrões.
Há momentos em que Deus envia trovões para nos sacudir. Há momentos em que Deus manda bênçãos para nos alegrar. Então há momentos quando Deus nada manda além de silêncio, enquanto nos honra com a liberdade de escolha do local onde passaremos a eternidade. E que honra! Em tantas áreas da vida não temos escolhas. Pense nisto. Não escolhemos nosso sexo. Não escolhemos nossos irmãos. Não escolhemos nossa raça ou local de nascimento. Algumas vezes a falta de opção nos enfurece. “Não é justo”, dizemos. Não é justo que eu tenha nascido pobre, ou que não cante tão bem, ou que eu não seja tão veloz. Mas as escalas da vida foram deixadas de lado para sempre quando Deus plantou uma árvore no Jardim do Éden. Todas as reclamações cessaram quando Adão e sua descendência receberam o livre arbítrio, a liberdade de fazermos qualquer escolha eterna. Qualquer injustiça nesta vida é compensada pela honra da escolha de nosso destino eterno. Você não concorda? Você teria desejado de outra forma? Será que você teria escolhido o oposto? Pode-se escolher qualquer coisa nesta vida, e Ele escolhe onde você passará a eternidade? Você escolhe o tamanho do seu nariz, a cor do seu cabelo, estrutura de DNA, e Ele escolhe onde você passará a eternidade? É este o seu desejo? Teria sido bom se Deus permitisse que escolhêssemos a vida terrena como escolhemos um prato no restaurante. Eu escolheria uma saúde de ferro e um QI elevado. As habilidades musicais não receberiam tanta atenção, mas dê-me um metabolismo rápido...Seria maravilhoso. Mas isto não aconteceu. Quando o assunto é vida na terra, não nos é dado o direito de voto ou opção. Quando o assunto é vida após a morte, recebemos este direito. Em meu livro este parece ser um ótimo negócio. Concorda? Será que recebemos algum privilégio maior do que o da escolha? Este privilégio não apenas compensa qualquer injustiça como também o Dom da liberdade compensará quaisquer enganos. Pense no ladrão que se arrependeu. Embora pouco saibamos sobre ele, temos a certeza: a de que ele fez algumas opções ruins na vida. Ele escolheu a multidão errada, as morais erradas e o comportamento errado. Mas você acha que sua vida foi desperdiçada? Está ele passando a eternidade colhendo os frutos de todas as suas escolhas erradas? Não, exatamente o contrário. Ele está saboreando o fruto destinado aos que fazem a escolha certa como ele fez. No final, todas as suas más escolhas foram redimidas por uma única boa opção. Você tem feito algumas opções erradas na vida, certo? Escolheu os amigos errados, talvez a carreira errada, até mesmo o cônjuge errado. Ao olhar para trás você pensa, “Se ao menos... se eu pudesse modificar estas escolhas erradas.” Você pode. Uma boa escolha para a eternidade compensa milhares de escolhas erradas na terra.
A escolha é sua.
Como podem dois irmãos, nascidos da mesma mãe, terem crescido na mesma casa, e um ter escolhido a vida e o outro a morte? Eu não sei, mas aconteceu.
Como podem dois homens ter visto o mesmo Jesus, e um ter escolhido rir dEle e o outro, orar a Ele? Não sei, mas aconteceu.
E, quando um orou, Jesus o amou de tal maneira que o salvou. E quando o outro caçoou, Jesus o amou o suficiente para permitir isto.
Ele permitiu a escolha.
E o mesmo Ele faz por você.
ELE ESCOLHEU OS CRAVOS – CAPÍTULO 6 – MAX LUCADO
Edwin e James Booth. Mesmo pai, mãe, profissão e paixão, mesmo assim um escolhe a vida e o outro, a morte. Como pode ser? Não sei, mas acontece. Embora seja uma historia dramática, não é única.
Caim e Abel, ambos filhos de Adão. Abel escolhe Deus. Caim escolhe o crime. E Deus permite que isto aconteça.
Abraão e Ló, ambos peregrinos em Canaã. Abraão escolhe Deus. Ló escolhe Sodoma. E Deus permite que isto aconteça.
Davi e Saul, ambos reis de Israel. Davi escolhe Deus. Saul escolhe o poder. E Deus permite que isto aconteça.
Pedro e Judas, ambos negaram ao Senhor. Pedro busca misericórdia. Judas busca a morte. E Deus permite que isto aconteça.
A cada estágio da história, em cada página da Escritura, a verdade é revelada: Deus permite que façamos nossas próprias opções.
E ninguém delineia isto mais claro do que Jesus. De acordo com Ele, podemos escolher:
A porta larga ou a porta estreita (Mt 7.13-14)
O caminho espaçoso ou o caminho apertado (Mt 7.13-14)
A grande multidão ou a pequena multidão (Mt. 7.13-14)
Podemos também escolher:
Construir sobre a rocha ou a areia (Mt 7.24-27)
Servir a Deus ou às riquezas (Mt 6.24)
Somar com os bodes ou com as ovelhas (Mt 25.32-33)
“e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda” (Mt 25.46).
Deus oferece opções eternas, e estas escolhas possuem conseqüências eternas.
Isto não faz lembrar do trio do Calvário? Você já pensou por que havia duas cruzes próximas a Jesus? Por que não seis ou dez? Já pensou por que Jesus estava no centro? Por que não à direita ou à esquerda? Poderia ser porque as duas cruzes no monte simbolizam um dos maiores presentes de Deus? O presente da escolha.
Os dois criminosos tinham muito em comum. Condenados pelo mesmo sistema. Sentenciados à mesma morte. Rodeados pela mesma cruz. Igualmente próximos a Jesus. Na verdade, ambos iniciaram a conversa com o mesmo sarcasmo: “E o mesmo lhe lançara também em rosto os salteadores que com ele estavam crucificados” (Mt 27.44). Mas um mudou.
“E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Seu tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.39-43).
Muito tem sido dito sobre a oração do ladrão penitente, e isto certamente garante nossa admiração. Mas, enquanto nos regozijamos pelo ladrão arrependido, será que ousamos nos esquecer do que não se arrependeu? E quanto a ele, Jesus? Não teria sido apropriado um apelo? Quem sabe uma palavra de persuasão não teria sido eficaz? Não deixou o pastor suas noventa e nove ovelhas e foi em busca da que havia se perdido? A dona de sua casa não procura por todos os aposentos até que a moeda seja encontrada? O pastor sim, a dona de casa sim, mas o pai do filho pródigo, lembre-se, nada fez.
A ovelha perdeu-se por inocência.
A moeda foi perdida por irresponsabilidade.
Mas o pródigo saiu de casa intencionalmente.
O pai ofereceu-lhe o benefício da escolha. Jesus fez o mesmo com os ladrões.
Há momentos em que Deus envia trovões para nos sacudir. Há momentos em que Deus manda bênçãos para nos alegrar. Então há momentos quando Deus nada manda além de silêncio, enquanto nos honra com a liberdade de escolha do local onde passaremos a eternidade. E que honra! Em tantas áreas da vida não temos escolhas. Pense nisto. Não escolhemos nosso sexo. Não escolhemos nossos irmãos. Não escolhemos nossa raça ou local de nascimento. Algumas vezes a falta de opção nos enfurece. “Não é justo”, dizemos. Não é justo que eu tenha nascido pobre, ou que não cante tão bem, ou que eu não seja tão veloz. Mas as escalas da vida foram deixadas de lado para sempre quando Deus plantou uma árvore no Jardim do Éden. Todas as reclamações cessaram quando Adão e sua descendência receberam o livre arbítrio, a liberdade de fazermos qualquer escolha eterna. Qualquer injustiça nesta vida é compensada pela honra da escolha de nosso destino eterno. Você não concorda? Você teria desejado de outra forma? Será que você teria escolhido o oposto? Pode-se escolher qualquer coisa nesta vida, e Ele escolhe onde você passará a eternidade? Você escolhe o tamanho do seu nariz, a cor do seu cabelo, estrutura de DNA, e Ele escolhe onde você passará a eternidade? É este o seu desejo? Teria sido bom se Deus permitisse que escolhêssemos a vida terrena como escolhemos um prato no restaurante. Eu escolheria uma saúde de ferro e um QI elevado. As habilidades musicais não receberiam tanta atenção, mas dê-me um metabolismo rápido...Seria maravilhoso. Mas isto não aconteceu. Quando o assunto é vida na terra, não nos é dado o direito de voto ou opção. Quando o assunto é vida após a morte, recebemos este direito. Em meu livro este parece ser um ótimo negócio. Concorda? Será que recebemos algum privilégio maior do que o da escolha? Este privilégio não apenas compensa qualquer injustiça como também o Dom da liberdade compensará quaisquer enganos. Pense no ladrão que se arrependeu. Embora pouco saibamos sobre ele, temos a certeza: a de que ele fez algumas opções ruins na vida. Ele escolheu a multidão errada, as morais erradas e o comportamento errado. Mas você acha que sua vida foi desperdiçada? Está ele passando a eternidade colhendo os frutos de todas as suas escolhas erradas? Não, exatamente o contrário. Ele está saboreando o fruto destinado aos que fazem a escolha certa como ele fez. No final, todas as suas más escolhas foram redimidas por uma única boa opção. Você tem feito algumas opções erradas na vida, certo? Escolheu os amigos errados, talvez a carreira errada, até mesmo o cônjuge errado. Ao olhar para trás você pensa, “Se ao menos... se eu pudesse modificar estas escolhas erradas.” Você pode. Uma boa escolha para a eternidade compensa milhares de escolhas erradas na terra.
A escolha é sua.
Como podem dois irmãos, nascidos da mesma mãe, terem crescido na mesma casa, e um ter escolhido a vida e o outro a morte? Eu não sei, mas aconteceu.
Como podem dois homens ter visto o mesmo Jesus, e um ter escolhido rir dEle e o outro, orar a Ele? Não sei, mas aconteceu.
E, quando um orou, Jesus o amou de tal maneira que o salvou. E quando o outro caçoou, Jesus o amou o suficiente para permitir isto.
Ele permitiu a escolha.
E o mesmo Ele faz por você.
ELE ESCOLHEU OS CRAVOS – CAPÍTULO 6 – MAX LUCADO
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