quinta-feira, 8 de abril de 2010

“EU TE REDIMI E TE SUSTENTAREI”

A Promessa de Deus através do Sangue e da Água

Hebreus 10.12,14
1 João 4.10

Esta semana, meu nome esteve na seção de esportes. Era necessário procurar muito, mas estava lá, no meio do jornal, na parte inferior da página, na matéria sobre o início do torneio de golfe do Texas, ali estava o meu nome. Com todas as letras. Era a primeira vez para mim. Meu nome já havia aparecido em outras partes do jornal por vários motivos, alguns pelos quais me orgulho, outros não. Mas esta era minha primeira vez na seção de esportes. Passaram-se quarenta anos, mas finalmente consegui. Era também meu primeiro prêmio nos esportes. Quase consegui um no tempo do colégio, quando fui o sétimo colocado. Mas apenas os seis primeiros foram premiados, então perdi. Recebi alguns outros prêmios ao longo do caminho, mas nenhum sobre esportes. Eis o que aconteceu. Meu amigo Buddy é o diretor do clube de golfe, a sede do campeonato do Texas. Ele perguntou se eu gostaria de jogar no torneio anual. Pensei durante três segundos e aceitei. O formato do campeonato é simples. Cada time é composto por um profissional e quatro amadores. A baixa pontuação dos amadores é registrada. Em outras palavras, até quando eu errava a tacada, caso um de meus parceiros acertassem, eu acertava. E foi exatamente o que aconteceu, em, vejamos, dezessete dos dezoito buracos. Imagine a alegria de um jogo como este. Vejamos uma jogada típica onde minha participação foi muito menos significativa do que a de Buddy ou outro dentre nós. Adivinhe qual ponto foi registrado? O do que fez a melhor jogada! A tacada ruim de Max foi esquecida e a de Buddy lembrada. Dá para se acostumar com isto! Eu levei o crédito pelo bom trabalho de outra pessoa simplesmente pela virtude de fazer parte do seu time. Não foi isto que Cristo fez por nós? O que meu time fez por mim no Domingo, o seu Senhor faz por você todos os dias da semana. Devido à atuação dEle, o seu dia é fechado com um placar perfeito. Não importa se as suas tacadas, ao invés de acertar os buracos foram parar no meio das árvores ou dentro da água. O que importa é que você apareceu para jogar e juntou-se ao grupo certo. Neste caso, seu grupo é muito forte; são você, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Não pode existir time melhor do que este. O termo teológico para isto é santificação posicional. Definição simples: Você recebe um valor, não pelo que faz, mas pelas pessoas que estão com você. Uma segunda palavra foi ilustrada naquele jogo de golfe. (Que tipo de mente é esta, encontrando teologia em um jogo de golfe?) Não apenas vemos o quadro da santificação posicional como também um retrato claro da santificação progressiva. Lembra-se da minha contribuição? Acertei um dentre oito buracos. Quer saber quando acertei? No último buraco. Embora tendo oferecido tão pouco, melhorei a cada tacada. Buddy continuou a dar-me as dicas e ser paciente até que finalmente dei minha contribuição. Melhorei progressivamente. O prêmio foi dado por causa do ponto de Buddy. A melhora aconteceu devido à ajuda de Buddy. A santificação posicional é obtida através do trabalho de Cristo por nós. A santificação progressiva é obtida através do trabalho de Cristo em nós. Ambos são dons de Deus. “Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (Hb 10.14). Percebe a combinação das palavras? “Aperfeiçoou” (santificação posicional) “os que são santificados” (santificação progressiva). Santificação posicional e progressiva. O trabalho de Deus para nós e por nós. Negligencie o primeiro e o medo crescerá. Negligencie o segundo, e ficará preguiçoso. Ambos são essenciais e vistos misturados à sujeira ao pé da cruz de Cristo. Examinemos cada uma delas mais cuidadosamente.

O TRABALHO DE DEUS POR NÓS

Preste atenção à passagem. “Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e àgua” (Jo 19.34). Mesmo um estudante informal das Escrituras nota a ligação entre sangue e misericórdia. Voltando ao tempo do filho de Adão, os adoradores sabiam que “sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22). Como Abel sabia desta verdade ninguém consegue adivinhar, mas, de alguma forma ele sabia oferecer mais do que orações e sementes. Ele sabia oferecer vida. Ele sabia como derramar mais do que seu coração e seus desejos; ele sabia derramar sangue. Com um campo como templo e o chão como altar, Abel tornou-se o primeiro a fazer o que milhões viriam a imitar. Ele ofereceu sacrifício de sangue pelos pecados. Os seguidores de uma grande lista: Abraão, Moisés, Gideão, Sansão, Saul, Davi... Eles sabiam que o derramamento de sangue era necessário para o perdão dos pecados. Jacó também sabia, e , em virtude disso, as pedras foram utilizadas para a construção do altar. Salomão sabia, e o templo foi construído. Arão sabia e, portanto, o pastorado teve início. Ageu e Zacarias sabiam; como resultado, o templo foi reconstruído. Mas a linha termina na cruz. O que Abel buscou completar no campo, Deus realizou através de seu Filho. O que Abel iníciou, Deus completou. Após seu sacrifício, não houve mais o sistema sacrificial, pois veio Cristo como “o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo” (Hb 9.11) Após o sacrifício, não houve mais necessidade de derramamento de sangue. Cristo, não “por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hb 9.12). O Filho de Deus tornou-se o Cordeiro de Deus, a cruz tornou-se o altar, “e temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Hb 10.10). O que precisava ser pago foi pago. O que precisava ser feito foi feito. Sangue inocente foi oferecido, de uma vez por todas. Grave estas cinco palavras em seu coração: De uma vez por todas. Correndo o risco de parecer um professor primário, permita-me fazer uma pergunta primária. Se o sacrifício foi oferecido de uma vez por todas, é preciso oferecê-lo novamente? É claro que não. Você foi santificado. Assim como as conquistas do meu time foram creditadas a mim, da mesma forma as conquistas do sangue de Jesus foram creditadas a nós. E, assim como minhas habilidades melhoraram com a influência de um professor, sua vida pode melhorar na medida em que você se aproximar de Jesus. O trabalho para nós é completo, mas o trabalho progressivo em nós é contínuo. Se este trabalho para nós é visto no sangue, o que poderia representar a água? Acertou.

SEU TRABALHO EM NÓS

Lembra-se das palavras de Jesus à mulher Samaritana? “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar a vida eterna” (Jo 4.14). Jesus oferece, não um único gole de água, mas um poço artesiano perpétuo! E o poço não é um braço em seu jardim, mas o Espírito de Deus em seu coração. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele crescem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não Ter sido glorificado (Jo 7.38-39). A água, neste versículo, é um quadro do Espírito de Deus trabalhando em nós. Ele não está trabalhando para nos salvar. Saiba que este trabalho já foi feito. Eis como Paulo expressou isto: De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade (Fp 2.12-13). Como resultado da salvação (o trabalho do sangue), o que fazemos? Obedecemos a Deus com profunda reverência e evitamos o que possa desagradar-lhe. Na prática, amamos nosso vizinho e evitamos a fofoca. Evitamos a sonegação de impostos, a mentira para com o cônjuge, e fazemos o possível para amar as pessoas difíceis de serem amadas. Será que realmente fazemos isto com a finalidade de sermos salvos? Não. Há obras que são resultados da salvação. No casamento ocorre uma dinâmica similar. Ficam o noivo e a noiva mais casados do que no dia em que se casaram? Os votos são feitos e a certidão assinada, poderiam eles ficar mais casados do que isto? Talvez sim. Imagine-os quinze anos depois. Quatro filhos. Umas três mudanças e muitos tormentos e vitórias. Após meio século de casamento, eles terminam as frases um do outro e escolhem os pratos um do outro. Eles até mesmo começam a ficar parecidos após um tempo (um pensamento que preocupa Denalyn profundamente). Não estariam eles mais casados em seu qüinquagésimo aniversário do que no dia do seu casamento? Pensando por outro ângulo, como seriam eles? A certidão de casamento ainda nem envelheceu. Tecnicamente, eles não são mais unidos do que eram no dia em que deixaram o altar. Mas no relacionamento ambos são completamente diferentes. O casamento é tanto um negócio fechado quanto um desenvolvimento diário, algo que você fez e ainda faz. O mesmo acontece com nossa caminhada com Deus. Você pode ser mais salvo do que era no dia em que foi salvo? Não. Mas uma pessoa pode crescer na salvação. Certamente. Isto, assim como o casamento, é um negócio fechado e um desenvolvimento diário. O sangue é o Espírito de Deus por nós. A água é o Espírito de Deus em nós. E precisamos de ambos. João tem uma preocupação muito grande em que saibamos disso. Não é suficiente saber o que foi revelado; precisamos saber como foi feito: “Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (Jo 19.34). João não enfatiza um ou outro. Mas. Ah, como sabemos. Alguns aceitam o sangue, mas esquecem a água. Eles querem ser salvos, mas não transformados. Outros aceitam a água, mas esquecem o sangue. Eles estão ocupados para Cristo, mas nunca tem paz em Cristo. E quanto a você? Você tem tendência para um ou outro caminho? Você se sente tão salvo que nunca serve? Está tão alegre com a pontuação de seu time que nem quer sair do carrinho de golfe? Se esta é a sua situação, permita-me perguntar. Por que Deus o mantém na estrada? Por que Ele não o arrebatou no momento em que o salvou? O fato é, você e eu estamos aqui por um motivo, e este motivo é glorificar a Deus em nossa vida. Ou é nossa tendência fazer o oposto? Talvez você o siga por medo de perder a salvação. Quem sabe falte confiança em seu time. Você teme que haja um cartão secreto no qual seus pontos sejam registrados. É esta a sua situação? Em caso afirmativo saiba disso: O sangue de Jesus é suficiente para salvar você. Grave em seu coração as palavras de João Batista. Jesus é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O sangue de Jesus não encobre, oculta, ameniza ou adia nossos pecados. Ele tira nossos pecados, definitivamente. Jesus permite que nossos enganos sejam perdidos em sua perfeição. Enquanto nós, os quatro jogadores de golfe, estávamos posicionados para receber o prêmio, os únicos que conheciam a pobreza de minhas jogadas eram os meus colegas de time, e eles não contaram. Quando você e eu estivermos no céu para receber nosso prêmio, apenas um conhecerá todos os nossos pecados, mas Ele não nos envergonhará, pois Ele já os perdoou. Então, aproveite o jogo, meu amigo; seu prêmio é certo. Mas você precisará pedir alguma ajuda ao seu Professor durante as jogadas.

ELE ESCOLHEU OS CRAVOS – MAX LUCADO – CAPÍTULO 11




Um comentário:

  1. Um texto longo, porém tremendamente edificante... O Max Lucado dispensa comentários!

    Deus continue abençoando vossa vida e da sua família e te usando, através desse espaço, pra comunicar bênçãos na vida dos seus leitores.

    Quando tiveres um tempinho, dá uma passadinha em nosso blog e, se lhe parecer bem, entre no quadro de amigos seguidores. Aliás, acho que o quadro de seguidores foi um dos melhores recursos criados pelo google, pois compartilhamos informações que são visíveis no próprio blog dos seguidores.

    Um abraço,

    Elian Soares
    www.evangelismoelouvor.com

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